quinta-feira, outubro 05, 2006

Das Minorias

É bem verdade que não existimos sem misérias coletivas e pessoais. Defecamos, vencemos, adiamos a evolução, em nome do medo de um socialismo espiritual que não aceita meias-verdades.

O homem em essência é amante da morte, da guerra, da mentira e da incoerência, por isso é o Homem. E assim se cria o corporativismo, o banco, os juros. A idéia medonha e sádica de que se deve pagar para comer o que brota da terra.

E o que é metal, moeda, papel, substitui o sentido de Deus, Pai, misericórdia. Totalidades fragmentadas, inteligências sofismáticas, distorções. Intelecto sem sentimento, maldade e perversão.

Só há prosperidade na América, as custas das desgraças na África, no Oriente, na Arábia. Há um Bush dentro de nós para cada santo que grita socorro. Açoitamos sempre os outros, na esperança de desvincular-se do que também é nosso.

E assim cremos num emprego, num décimo terceiro, férias, promoção. E nossos filhos crescem educados por tias, colegas, televisão. Barganhamos a felicidade em troca de certezas táteis.

Esquecemos das sementes, do grão de mostarda, da provisão. Emancipamo-nos do Um, da essência, na esperança vã de assassinar o Pai e a Mãe, o Céu e a Terra. Criamos bolhas de amor artificial, pra distorcer o mau, o Tao.

Não sabemos nada há não ser que não sabemos. É obrigação do forte ajudar o fraco e essa lei se chama, Amor.

R.M.